2006/12/27

PAISAGEM


Ao considerar o conceito de paisagem, consideramos de certa forma a dimensão real do concreto. Existe sempre um processo biunívoco entre aquilo que se mostra e a própria representação do sujeito. Assim a paisagem é fruto de um processo cognitivo controlado pela cultura, através de reflexos de refracções sociais, através de processos altamente simbólicos. A paisagem pode ter duas perspectivas. Podemos ver que muitos consideram que a paisagem remete necessariamente para algo objectivo…algo material. No entanto outros consideram que paisagem acaba por ser sempre uma espécie de projecção do próprio observador.

Será que paisagem e espaço são sinónimos?

Estes dois termos não sinónimos. Paisagem consiste invariavelmente num conjunto de formas, que remetem sempre, para um conjunto de relações entre o homem e a própria natureza. Existe sempre uma herança. Em relação ao espaço existe é uma espécie de somatório entre as formas/figuras e a própria vida, o espaço está sempre vinculado ao presente.
Existem dois termos que devem de ser delimitados que remetem para as formas de ver: visibilidade e visualidade.
Ao pensarmos no primeiro podemos extrair que este conceito acaba por ser uma composição reflexiva daquilo de que é dado através dos processos visuais que posteriormente são transformados em processos cognitivos. A visualidade corresponde à própria materialidade, ou seja, ao mundo ao físico/concreto.
Como forma de conclusão poderemos dizer que paisagem acaba por ser um processo transversal ao longo do tempo, fomentando uma espécie de somatório entre aquilo que foi e aquilo que é.



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